Entenda a importância da prática de leitura na vida dos universitários e como o hábito de ler é indispensável para a formação acadêmica deles.
Por: Vitória Fantini da Silva
Foto: Vitória Fantini da Silva
Os primeiros indícios da leitura na sociedade foram aproximadamente em 3500 a.C., com a escrita cuneiforme. A leitura e a escrita andam lado a lado, uma vez que ler é o processo de decodificar e interpretar símbolos escritos e impressos. A leitura proporciona o desenvolvimento do intelecto e da imaginação e promove a aquisição do conhecimento. Quando lemos, fazemos ligações no cérebro que permitem desenvolver o raciocínio e o senso crítico.
Os benefícios do hábito de leitura são importantes para o desenvolvimento e o aprendizado do indivíduo. Com isso, o costume de leitura na universidade se torna essencial para o aprendizado do aluno. A importância da frequência de leitura na vida dos acadêmicos é essencial. Na matéria da PUCRS sobre “Hábito de leitura estimula o cérebro e promove benefícios para a saúde mental”, de acordo com o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Augusto Buchweitz, “ler pode atuar como um exercício que estimula o cérebro.” Quando lemos, fazemos ligações no cérebro que permitem desenvolver o raciocínio e o senso crítico. No ambiente universitário, a grande maioria dos professores utiliza textos para fazer as aulas, e, se o aluno não tiver o costume de ler, seu aprendizado pode ser prejudicado, pois ele não conseguirá acompanhar a disciplina por inteiro e não irá usufruir dos benefícios da leitura, que faz o cérebro se exercitar. Com um cérebro ativo e estimulado, o aluno consegue entender melhor as matérias.
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Esse ponto de vista é reforçado pelos próprios alunos da UFF , como mostra o resultado do formulário feito no Forms que teve 24 respostas, que circulou nos grupos de WhatsApp dos alunos da universidade (Universidade Federal Fluminense), podemos perceber que 91,7% dos alunos responderam que têm o hábito de leitura e so 4,2% responderam que não têm. Aqueles que responderam que têm o costume de leitura falaram que esse costume facilita a vida acadêmica na questão de acompanhar a disciplina e entender a matéria; já os que responderam que não têm o hábito de ler falaram que têm dificuldade para aprender e acompanhar as disciplinas por causa dos textos. Porém, eles responderam que sentem o desafio de manter a rotina de leitura por conta do cansaço, da rotina da faculdade, falta de tempo, preços dos livros e procrastinação. Com isso podemos perceber a diferentes realidade de vida dos alunos da UFF, porque uns trabalham outros tem afazeres de casa e isso acaba prejudicando a manutenção do hábito de leitura.
Durante a entrevista, ao ser perguntada sobre se sente que o fato de ter a frequência de leitura facilita a vida acadêmica, Sofia, estudante de jornalismo, respondeu: “Sim, com certeza, para a escrita, para a comunicação e para o aprendizado.
Em comparação, João Vitor, estudante de biologia, que não tem o hábito de ler, fala que tem dificuldade para acompanhar a disciplina. “tem vários textos que os professores passam e os artigos, então eu (que) não tenho o hábito de ler, tenho dificuldade de fazer, às vezes, os trabalhos da matéria no prazo ou entender direito a matéria.”
Em uma conversa com a professora Lia Corrêa de Oliveira Guarino, doutora e professora de filosofia da faculdade de educação, ela ressalta o porquê de a leitura ser importante na jornada universitária “[…] porque a leitura permite que você desenvolva e exercite seu raciocínio e a sua capacidade de desenvolver uma ideia, a capacidade de você articular; então o aluno que não lê fica muito limitado. A leitura é um exercício que amplia sua capacidade cognitiva e criativa”.
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Apesar dos desafios que os alunos encontram, investir no fortalecimento da leitura mostra-se essencial para a formação acadêmica e profissional. A doutora Anna Faedrich Martins Lopez, professora adjunta de Literatura Brasileira na UFF, sugere um incentivo para que os alunos desenvolvam o hábito de leitura no ambiente universitário: “Uma maneira eficaz é incentivar a participação em clubes de leitura, que se popularizaram desde a pandemia. No ambiente universitário, grupos de pesquisa e estudo voltados para temas específicos e com discussões de textos são igualmente estimulantes. Esses espaços promovem a leitura como uma prática prazerosa e colaborativa, o que pode aumentar o engajamento dos estudantes”.