De palestras com profissionais da comunicação a apresentações de trabalhos de alunos, o congresso promoveu três dias de debates, conversas e trocas de conhecimento.
Por: Ana Clara Nascimento
Foto 1: Entrada do campus Gragoatá com faixa da Intercom.
Reprodução: Arquivo pessoal
A Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – promoveu o 26º Congresso de Ciências da Comunicação, sediado na Universidade Federal Fluminense nos dias 1, 2 e 3 de junho. A programação contou com apresentações de pesquisas, oficinas e palestras com figuras importantes da área como Issaaf Karhawi, Camila Tonin e Gisele Martins.
Um dos grandes nomes esse ano foi Sônia Bridi, que atuou como correspondente da Rede Globo em países como Londres, Nova Iorque, Pequim e Paris, entre 1995 e 2010. É autora dos livros “Laowai – histórias de uma repórter brasileira na China” e “Diário do Clima”, em que relata suas viagens pelo mundo buscando entender as mudanças climáticas. Sônia realizou a palestra “Comunicação na reconstrução das políticas científicas no Brasil: desafios e oportunidades”, em que falou sobre como o jornalismo está caminhando em uma nova perspectiva política no governo Lula, fazendo comparações com o governo anterior. Ela também passou pelas questões do desarmamento e do povo ianomâmi.
Foto 2: Sônia Bridi em sua palestra no último dia de evento.
Reprodução: Tá na teia
A importância da Intercom para os jovens comunicadores
Foto 3: Letícia Campos, aluna de jornalismo, em frente ao painel da Intercom.
Reprodução: Arquivo pessoal
Com o intuito de fomentar pesquisas, desenvolvimento de produções científicas e estimular a troca de conhecimento não apenas entre mestres e doutores, mas também entre alunos e recém-graduados em Comunicação, a Intercom Sudeste é um evento que atrai milhares de pessoas de diferentes estados da região. Este ano as inscrições chegaram a 1100 pessoas, sendo 837 estudantes de graduação. Franco Dani, diretor regional da Intercom, afirmou que uma das características do sudeste é atrair um maior número de jovens graduandos. “No nacional você já tem um número mais equilibrado entre pós-graduandos, pesquisadores, professores e profissionais que já atuam na área há algum tempo. Já no regional, a característica é de um público mais jovial, em função dos intercâmbios entre as instituições da própria região”, comentou.
Com a diversidade entre os temas apresentados na programação, os participantes podem absorver todo tipo de conteúdo e conseguem aproveitar diferentes pontos de vista, durante as apresentações de trabalhos. A estudante de jornalismo Letícia Campos declarou: “Eu acho muito interessante, porque, além da experiência de estar no meio de uma apresentação de trabalho, a gente sempre consegue aprender mais e abrir os olhos para novos horizontes que, no dia a dia da faculdade, a gente às vezes acaba nem percebendo.” Franco também falou sobre a questão do aprendizado: “Participar de um evento como esse ajuda a entender, como estudante, as dinâmicas sociais. A gente também absorve e aprende na medida em que a gente compartilha e ouve outras pessoas falando coisas que estamos pensando ou próximo da área de interesse de cada um de nós. Fora a questão da interação: eles conhecem outras pessoas e fazem novas redes de contato, o que é extremamente rico”, completou o diretor regional.
A experiência de participar de um evento como esse pode ser inspiradora e capacitadora, dando a possibilidade dos estudantes adquirirem um diferencial para o mercado. “Eu acho ótimo que a gente tenha eventos assim para comunicação e, se eu tiver outra oportunidade, com certeza irei no próximo.”, concluiu a estudante de jornalismo.