Os bandejões da UFF enfrentam problemas frequentemente no seu funcionamento
Por Israel de Mendonça

Alunos esperando serem atendidos nos bandejões um e dois do campus Gragoatá (Foto: Israel de Mendonça)
Quem já passou muito tempo nas filas do bandejão, restaurante universitário da Universidade Federal Fluminense, sabe os perrengues enfrentados. Essa situação se estende ao longo do tempo na UFF, afetando diretamente a rotina dos estudantes. A longa espera para a refeição geralmente ocorre por conta de uma falha na rede ou de uma instabilidade no aplicativo da carteirinha digital. A possível sobrecarga da equipe que trabalha no fornecimento dos alimentos também é uma reclamação recorrente.
O aplicativo da carteirinha digital atualmente está em fase de finalização e aprimoramento, portanto, essa situação tende a perdurar por mais tempo.
Há menos de um mês, a equipe da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) revelou que descobriu uma maneira de otimizar o tempo de resposta das catracas. Nesse momento, elas estão respondendo com dois segundos após a leitura do QR Code, mas esse tempo deve diminuir, contribuindo para a agilidade do serviço.
Conforme o portal da transparência da UFF, são servidas cerca de sete mil refeições diariamente, com tempo médio de espera de vinte minutos quando o sistema está estável. Porém os próprios alunos do campus Gragoatá relatam que esse tempo geralmente é menor. “Quando não está tumultuado, eu demoro cerca de 5 a 10 minutos”, disse Gabriella Pompeu, estudante de Licenciatura em Matemática. Quando o atendimento demora esse tempo de espera é maior: “Já teve dia que eu fiquei 40 minutos, uma de hora na fila do bandejão”. Relatou Yves Carvalho, estudante de Serviço Social.

Cartaz colocado na janela do bandejão 2 do Gragoatá, contendo frase acachapante na tarja vermelha (Foto: Israel de Mendonça)
Soma-se a isso, imprevistos inesperados. No dia 4 de outubro, cabeamentos do Campus do Antônio Pedro foram roubados e alguns serviços da UFF foram impactados pela falta de internet. Nesse dia, a equipe do bandejão do Gragoatá realizou o trabalho manualmente para que os alunos pudessem comer e isso refletiu diretamente na fluidez do atendimento.“Nós tivemos filas grandes. Você vê que eu estou batendo relatório de CPF agora. Tivemos que lidar com a situação de forma manual, que é a anotação do CPF. E, agora, estamos fazendo um relatório para abatimento [cobrança] futuro pelo STI”. contou Gilberto Nobre, Auxiliar administrativo do bandejão do Gragoatá.
Apesar de estarem contentes com os serviços prestados pelo bandejão, alguns alunos da UFF frisaram questões que os desagradam nessa prestação de serviço. Quantidade de bandejas, demora na reposição do alimento no buffet e número de catracas foram citados. Perguntada sobre o seu sentimento em relação ao tamanho da fila, Nicole Pinto, estudante de Ciências Biológicas, respondeu: “Eu sinto preguiça (risos)”.
Segundo a cartilha de apresentação da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFF (Proaes) deste ano, existem projetos para a construção de novos bandejões nas localidades em que a Universidade Federal Fluminense possui sede acadêmica, no entanto, ainda não existe nenhum tipo de previsão para o início das obras.