Alô, Gragoatá!

Do bairro para o Glorioso: a ponte entre o Trops e o Botafogo na visão de quem viveu os dois lados

Por Brenner Robson

https://www.tacaedilsonsilva.com.br/futebol-de-campo/taca-guanabara-serie-bronze-0910/5-edicao-ano-2025/4713/cate

O futebol de Niterói tem sua força nos bastidores da base. No bairro do Badu, o CEFAT, centro de treinamento do Trops, virou referência em formação de atletas e em abrir caminhos para clubes de maior visibilidade. A relação com o Botafogo, firmada há anos e renovada por mais dez em 2024, é prova disso.

A parceria vai além do nome: é no campo que ela acontece. Jovens atletas treinam no Trops com estrutura digna de clube profissional. De lá, muitos seguem direto para as categorias de base do Botafogo, como foi o caso de um jogador que entrevistei para esta matéria.

“Entrei no Trops com 12 anos. A estrutura já era muito boa: campo de qualidade, alojamento, acompanhamento físico e psicológico. Quando o Botafogo veio observar um amistoso, fui um dos chamados pra teste. Logo comecei no sub-15.”

Ele explica que o trabalho no Trops é levado a sério. “Muita gente acha que é só escolinha, mas não é. Eles preparam mesmo para virar atleta. A gente aprende a jogar, mas também a se comportar, a lidar com pressão e a ter rotina de time grande.”

Sobre o Botafogo, ele diz que o clube confia no que vê no CEFAT. “Sempre tem observador deles lá. Já vi vários colegas sendo chamados para treinar em General Severiano depois de passarem pelo Trops.”

Mesmo com poucos holofotes, o Trops cumpre um papel importante na formação de atletas. Seu trabalho silencioso tem ajudado a abastecer clubes como o Botafogo com jovens preparados técnica e mentalmente. E tudo isso começa em Niterói.

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