Alô, Gragoatá!

Grupo Pela Vidda: A importância de ações sociais voltadas para pessoas que vivem com Aids

Desde 1989, grupo ajuda a diminuir o impacto da epidemia do HIV e da Aids, lutando contra discriminação e preconceito e garantindo voz política para conviventes da doença

Por Pilar Copolilo

Reprodução: Google Maps

O Grupo Pela Vidda foi fundado em maio de 1989 pelo escritor Herbert Daniel, no Rio de Janeiro, e é tido como o primeiro grupo liderado por pessoas vivendo com Aids no Brasil. O escritor reuniu um grupo de amigos e profissionais e criou o grupo que se consolidou como uma organização não-governamental de defesa de políticas públicas e de direitos humanos no contexto do vírus do HIV, sem fins lucrativos. Poucos meses depois de estabelecida, a ONG chegava à cidade de São Paulo.

O Grupo Pela Vidda Niterói surgiu em 1991 e viveu um momento histórico ao inaugurar sua sede própria em abril de 2014, na Rua Guilherme Briggs, 9, São Domingos, Niterói. 

O nome Centro de referência Martha Rique Reis é uma homenagem à pedagoga e assistente social que no início da década de 90 foi fundamental para criação de ações assistenciais importantes voltadas às crianças, como o projeto Criança = Vidda, que salvou dezenas de jovens com Aids. Ela também era vice-presidente do grupo na época. Aos 85 anos e já aposentada, Martha esteve presente na inauguração da sede em 2014 e se emocionou ao relembrar as dificuldades na criação do Pela Vidda Niterói em um momento de poucas informações sobre o vírus do HIV, mencionou também as perdas de amigos e como o preconceito atingia os indivíduos com Aids:

“Quanta diferença daquela época, para hoje. Enfrentamos muitas barreiras, muita discriminação, quase nenhuma informação sobre a doença, e perdemos muitos amigos queridos. Graças a Deus, a ciência e da infinita solidariedade das pessoas, hoje, a situação é cada vez mais de vida plena, com qualidade e tratamento, mantendo as pessoas vivas com dignidade”

Arquivo pessoal – Foto: Renato da Matta

O GPV diminui o impacto da epidemia do HIV e da Aids, luta contra discriminação e preconceito, garante voz política as pessoas, acesso à informação, medicamentos, exames, diagnósticos, assistência médica e pesquisas, além do direito à vida em um mundo que não seja mais dividido. A sede oferece inúmeras atividades: educativas, culturais, de convivência, de aconselhamento, de inserção ao mercado de trabalho, de atendimentos jurídicos gratuitos e de administrativos da instituição, de ativismo, de site com conteúdos educativos, além de eventos gratuitos como debates, palestras e oficinas, que são ministradas por membros e voluntários da ONG e contam com a presença de médicos, psicólogos, advogados, entre outros especialistas.

Em julho de 2014, o GPV prestou uma homenagem à Universidade Federal Fluminense por disponibilizar seu espaço e oferecer suporte material para que pudessem iniciar suas atividades na cidade. Alguns meses depois, em dezembro do mesmo ano, a UFF e o Grupo Pela Vidda realizam atividades para estimular a luta contra a Aids. A equipe da Divisão de Promoção e Vigilância em saúde da UFF realizou diversas atividades e promoveu curso de capacitação de direitos humanos em HIV e Aids, de forma gratuita, além da exibição de filmes ligados ao tema e testagens rápidas por fluido oral para detecção do HIV.

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