Entenda as mudanças no calendário acadêmico e acadêmico-administrativo e como os discentes foram afetados por estas modificações.
Por: Ana Luisa Rohem
O calendário acadêmico inicialmente previsto pela Universidade Federal Fluminense (UFF) passou por mudanças após a greve que acometeu diversos institutos estudantis públicos no país. A UFF, que também foi afetada pela greve, escolheu não paralisar o calendário diante do cenário grevista. Apesar de muitos cursos terem aderido a greve houve aqueles que não aderiram, fazendo assim com que a decisão de manter o calendário fosse mantida.
A universidade, que ficou de greve por cerca de dois meses, aprovou o novo calendário no dia 26 de junho, deixando os discentes com opiniões divididas acerca da decisão de datas. Com o primeiro semestre (24.1) em um período especial que se iniciou em 1 de julho e vai até 31 de agosto e o segundo semestre (24.2) iniciando-se em 23 de setembro e indo até 6 de fevereiro de 2025, o segundo período de 2024 pareceu excessivamente longo para alguns estudantes da universidade. A Secretaria Prograd esclareceu em um e-mail: “Os Calendários 2024 reorganizados para o período pós-greve foram elaborados pela Pró-Reitoria de Graduação seguindo parâmetros regulares para o planejamento dos eventos acadêmico-administrativos da graduação presencial da UFF, considerando a conjuntura universitária e os movimentos institucionais para os diferentes processos. A proposta foi previamente encaminhada para as Coordenações de Cursos de Graduação e Departamentos de Ensino, para manifestação. O projeto de resolução, com o calendário em anexo, foi analisado pelo pleno do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) na data de 26 de junho de 2024. Foi aprovada a versão que se consubstanciou na Resolução CEPEx/UFF nº 3.618, de 26 de junho de 2024 e seus anexos.”
No mesmo e-mail também foi reiterado algumas questões acerca do período especial, para quem ainda tinha alguma dúvida: reprovações em 24.1 não afetarão o Coeficiente de Rendimento (CR) do estudante, frequência não será um quesito para reprovação, além de que o período 24.1 também não será contabilizado para o prazo máximo de permanência do discente no curso.
O professor e coordenador do curso de Jornalismo Márcio Castilho informou em uma curta entrevista que as coordenações realmente não tiveram influência na escolha de datas para os novos períodos, já que o calendárioacadêmico de reposição é estabelecido pela Pró-Reitoria de Graduação. O docente ainda reiterou que as faltas, como informado anteriormente pela Secretaria Prograd, não podem ser requisito para reprovação, Castilho chegou a comparar o novo calendário ao da pandemia com algumas modificações, claro.
E para tentar entender um pouco mais sobre o sentimento dos estudantes acerca das novas datas, foram entrevistados cinco estudantes de diferentes cursos e períodos: Victor Canito de Jornalismo, Bruno Miranda de Educação Física, Andrey Goebel de Publicidade e Propaganda, Lara Vieira de Enfermagem e Hugo Teixeira de Ciências Biológicas. Todos os discentes tiveram todas ou a maior parte das disciplinas paralisadas por conta da greve e estão repondo aulas nesse período especial. Ao serem questionados sobre a opinião em relação ao calendário foi quase unânime a desaprovação a respeito das aulas em janeiro, mas também foi dito que não saberiam indicar nenhuma mudança melhor do que a redução do segundo período de 2024. Nenhum deles foi realmente afetado por essa mudança de datas.
Os calendários acadêmico e acadêmico-administrativo estão disponíveis no site da UFF e não parecem ter nenhuma alteração prevista até o final do que seria o segundo período de 2024. É possível checar o calendário atualizado em: https://www.uff.br/?q=informes/graduacao/calendarios-escolar-e-administrativo-de-2024-reorganizados-para-o-pos-greve