Alô, Gragoatá!

O resgate dos hobbies manuais: como a cerâmica vem conquistando espaço entre quem busca se desconectar das telas

Por Áurea Caxias

Em um mundo de notificações constantes e rotinas digitais, os hobbies manuais têm ganhado espaço. Segundo o Google Trends, o interesse por atividades como crochê, cerâmica e bordado cresceu mais de 250% nos últimos cinco anos no Brasil. Em Niterói (RJ), a prática de atividades manuais atraem cada vez mais jovens entre 20 e 35 anos.

A social media Nathalia Piccoli sentiu essa necessidade de começar um hobby manual “Atualmente, com o excesso de tecnologia, redes sociais e o vício em aparelhos eletrônicos, achei muito importante começar a praticar hobbies mais manuais e artesanais, que reduzem o estresse e a ansiedade”, conta.

A estilista de Niterói, Carolina Mello também encontrou na cerâmica uma forma de relaxar. “Eu já trabalho como estilista CLT, com uma jornada grande de trabalho, e queria algo que complementasse a renda e fosse criativo. A mente desconecta, apesar de às vezes ser bem cansativo fisicamente.”

Já Camilla, estudante de Estudos de Mídias, procurou a cerâmica para fugir das telas. “Há um tempo percebi o quanto gasto tempo em telas, nas redes sociais, pensei em começar um hobby manual, que eu precisasse estar sem celular e com as mãos ocupadas. Mesmo que estranho e desafiador no início, foi incrível encontrar ali uma paixão.”

Ela destaca que o movimento se espalhou entre amigas,  “Tenho amigas aprendendo aquarela, crochê, bordado e também cerâmica, fez muito bem pra nossa saúde mental e criativa!”. Além disso, segundo a estudante, isso proporciona momentos de qualidade no seu ciclo de amizade, o que a conexão nas redes sociais não traz.

De acordo com Carolina, o resgate do artesanal se conecta a movimentos como o slow fashion:  “Existe sim uma busca crescente por esse tipo de atividade manual como forma de se desconectar das redes.”

Nathalia reforça que “Aconselharia a observar ou a ver pelas configurações do próprio aparelho celular, o tempo gasto nas redes sociais. O bem-estar causado não tem preço, mas com certeza vale mais que likes!”. Em tempos digitais, talvez o gesto mais transformador seja justamente esse: desacelerar e colocar, de fato, as mãos na massa.

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