Mostra reúne acervo especial rememorando a carreira e o legado do artista
Por Sophia Leite
Intitulada com uma frase clássica do ator, a exposição faz uma imersão em sua vida e de seus inúmeros personagens. Figurinos característicos que promovem a identificação do público, como a clássica Dona Hermínia, são disponibilizados para interação dos visitantes, com espaço para caracterização e fotos.
Nascido e criado em Niterói, Paulo Gustavo (1978-2021) é uma importante figura para a cidade, contando inclusive com uma rua intitulada com seu nome, no bairro de Icaraí.
Para o Museu de Arte Contemporânea (MAC), a exposição é uma importante oportunidade seguindo um de seus princípios defendidos: “um museu da arte contemporânea e dos debates contemporâneos”. “Nós estamos muito felizes de receber esta exposição homenagem aqui no museu. Primeiro porque é uma homenagem a uma figura muito importante da nossa arte e também da nossa cidade. Segundo porque podemos mostrar ao público um pouco mais desse personagem Paulo Gustavo, não apenas o papel dele como ator, mas como uma figura que pensava a arte e o mundo a partir de uma lógica não normativa”, afirma Victor de Wolf, diretor do museu.
De acordo com Elaine Rollemberg, diretora de produção da exposição, o maior desafio para a realização do projeto foi a sua aprovação em lei de incentivo à cultura. “A aprovação é difícil. O MinC é bem criterioso. Ser aprovado e servir a cultura nacional por este caminho é uma grande vitória para nosso projeto e um grande presente para nossa sociedade”.
Idealizada por Thales Bretas, viúvo do ator, a exposição conta com acervo de figurinos originais de Paulo Gustavo e de seus personagens, registros de sua infância e juventude e um cinema com exibição de diversas obras e falas marcantes do artista. Para Mariana Villas-bôas, diretora de arte e cenógrafa da mostra, “A linha do tempo é um ponto de destaque da exposição e que define a sua importância, pois ao expor a trajetória do artista, ressalta-se a relevância da cultura e da arte como forma de educação. Revelar sua vida, os altos e baixos da carreira, até a criação da lei Paulo Gustavo de incentivo a cultura, é uma forma de inspirar novos artistas. Paulo Gustavo é um exemplo de ator-autor de seus projetos, que construiu sua linguagem e foi reconhecido. Arte é vida, a arte transforma o mundo”.
A exposição “Rir, um ato de resistência” está aberta para visitação de terça a domingo, até o dia 1º de junho, no MAC Niterói.
