Alô, Gragoatá!

Um pedaço de Minas no Rio: Sinopse do enredo da Acadêmicos de Niterói para o Carnaval de 2024

Niterói voando em um céu de fitas na Sapucaí? Entenda como a escola de samba vai representar a cultura popular de Montes Claros para o desfile da Série Ouro.

Por Anne Caetano

A Acadêmicos de Niterói, apelidada carinhosamente de “caçulinha da série ouro”, divulgou em suas redes sociais, no fim de abril, o enredo “Catopês – um céu de fitas”. No próximo carnaval, a escola colorirá a avenida contando a história dos Catopês, uma festividade agostina típica do aspecto cultural montes-clarense. 

“Catopês – um céu de fitas” Reprodução: Acadêmicos de Niterói 

O carnavalesco da agremiação, Tiago Martins, diz que o enredo escolhido por ele é encarado com boas expectativas: “Estou animado e esperançoso com o desfile que estamos preparando. Com certeza vocês podem esperar um desfile alegre, colorido e com muitas fitas. Iremos surpreender a todos que estarão na Marquês de Sapucaí no dia 9 de fevereiro”.

As “Festas de Agosto” realizadas em Montes Claros são características da cidade mineira e atraem turistas de todo o Brasil para acompanhá-las de perto. A Festa dos Catopês é uma celebração centenária que surgiu de mãos negras de antigas fazendas de Arraial das Formigas, nome que antecedeu o batismo atual de Montes Claros. Grupos de pessoas negras da área cultivaram a estrutura dos Catopês como caráter religioso, ligando a festa ao sincretismo católico em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Divino Espírito Santo.

Além da participação de Catopês na festividade, os grupos de marujada e caboclinhos também marcam presença para representar a estética da região norte do estado de Minas Gerais.

“Foi através das congadas que os negros encontraram uma forma de potencializar sua força e abrir passagem com seus grupos em confrarias a Nossa Senhora do Rosário, sendo, com o passar dos anos, um organismo preponderante dentro dos domínios de seu opressor.”, destaca o carnavalesco.

O terno de Nossa Senhora do Rosário, o mais antigo da cidade, foi comandado por Mestre Zanza, personagem principal da resistência da manifestação folclórica do norte mineiro. 

Mestre Zanza, líder da celebração.Reprodução: Vinícius Corrêa Araújo 

OLHAR DO MONTES-CLARENSE

Nesta terça (20), Daniela Brito, frequentadora das Festas de Agosto e estudante de direito na UNIMONTES, destacou a relevância da Festa dos Catopês ser tema para o desfile da Acadêmicos de Niterói: “É muito importante para a nossa cidade a festa de agosto e esse reconhecimento ajuda que seja perpetuada pelas gerações essa expressão linda de fé e arte. (…) valorizar a história daqueles que construíram nossa cidade e as festas representam a formação do nosso país, considerando que Montes Claros homenageia e perpetua a cultura dos Catopês, Marujos e Caboclinhos, que simbolizam a origem da miscigenação do povo brasileiro.”.

A escola niteroiense promete encantar o público no carnaval, retratando a sua perspectiva sobre as Festas de Agosto com bastante exaltação na Série Ouro de 2024.

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