A Universidade promove programas ligados à saúde física e mental dos estudantes para que nem o seu desempenho acadêmico nem a sua permanência na Instituição sejam prejudicados.
Por: Ana Caroline Oliveira
Fachada da Reitoria da Universidade Federal Fluminense.
Foto: Pietra Maciel
O abandono da universidade por parte de alguns estudantes, em decorrência de fatores os quais eles não podem controlar, é uma realidade crescente no território brasileiro, fazendo com que Instituições Federais criem medidas para diminuir os casos de evasão do ensino superior. A Universidade Federal Fluminense oferece serviços gratuitos a seus alunos, visando a garantir o bem-estar dos estudantes.
De acordo com os editais fornecidos pela instituição, é possível identificar quais atividades são liberadas exclusivamente aos universitários: acolhimento ao estudante, apoio a alunas gestantes e no puerpério, apoio à saúde, escuta psicológica, atendimento social, atendimento médico, auriculoterapia e acesso a cartilhas sobre saúde em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde a pandemia de COVID-19, ocorrida em 2020, um fator que preocupa o corpo docente é a situação da saúde mental dos alunos, que recorrentemente afeta o seu desempenho acadêmico e profissional, impulsionando assim um afastamento desses estudantes do ambiente educacional. Com o aumento dos casos de ansiedade, depressão e síndrome do pânico entre os universitários, atividades que visam promover uma melhoria da saúde mental dos uffianos foram criadas.
Ao se deparar com esse cenário, a professora Elaine Cortez, da Escola de Enfermagem, se viu inspirada a criar o Projeto de Promoção da Saúde Mental dos Estudantes. Este apresentava como base a realização de encontros no formato de rodas de conversa e algumas atividades para acalmar os alunos, com duração de uma hora durante as segundas-feiras. O projeto busca melhorar os índices de ansiedade e a experiência universitária vivenciada por esses indivíduos.
Com o sucesso do projeto, Cortez se viu preparada para iniciar um novo programa, o Yoga na UFF. “O objetivo [dos projetos] é promover a saúde mental dos estudantes universitários, […] e os alunos diziam bastante que gostavam da meditação e do yoga”, comentou a professora. Assim, ela buscou criar um projeto que tivesse foco no que agradasse o seu público e ajudasse a diminuir a ansiedade e o estresse. As aulas acontecem todos os dias úteis da semana, em diferentes espaços da universidade, como: prédio anexo do Hospital Universitário Antônio Pedro, campus do Gragoatá e Reitoria, além de apresentar a opção online.
Campus do Gragoatá, onde há o fornecimento de parte das aulas de yoga.
Foto: Ana Caroline Oliveira.
No entanto, a Universidade Federal Fluminense não tem um foco somente na saúde mental, ela também apresenta ações que visam a saúde física dos estudantes. De acordo com uma aluna que preferiu não ser identificada, a UFF apresenta como benefício, para bolsistas de acolhimento, consultas gratuitas realizadas na Reitoria e acompanhamento médico. A estudante relatou já ter realizado consultas, exames e cirurgias de qualidade sem precisar gastar dinheiro ou enfrentar uma enorme fila de espera.
Todavia, no ano de 2024, a aluna, ao precisar novamente do apoio da universidade para a realização de novos exames, descobriu que não poderia fazê-los novamente, uma vez que estudantes não bolsistas de acolhimento não tem autorização para fazer exames no Hospital Universitário Antônio Pedro. “O médico mesmo falou que os exames eu deveria custear, porque eles não podem mandar estudantes para o Antônio Pedro para realizá-los [exames], então eu estou tendo um custo de seiscentos reais para fazer uma investigação clínica”, disse a estudante.
Tanto a responsável pelo projeto, Elaine Cortez, quanto a aluna, dividem a mesma opinião sobre o setor de divulgação desses direitos e atividades, ou a falta dele. Mesmo apresentando uma ação positiva em relação aos estudantes, elas acreditam que a Universidade não consegue chegar a todos os indivíduos que precisam acessar esses serviços, visto que há um certo problema de divulgação desses programas, dificultando, assim, a proliferação desse tipo de informação entre o corpo estudantil. “É um ótimo projeto, mas precisa de mais visibilidade”, comentou a aluna.
Para se manter conectado a esse tipo de informação do mundo universitário, é importante que a comunidade da UFF acesse periodicamente o site da UFF e fique por dentro dos editais liberados, para que oportunidades e benefícios não sejam desperdiçados. Além disso, mantenha-se sempre conectado com as redes sociais ligadas à Universidade e a grupos de alunos espalhados por toda Instituição.