Por: Maria Eduarda Vieira
Entrada da Biblioteca Central do Gragoatá. Imagem: Maria Eduarda Vieira
A Biblioteca Central do Gragoatá (BCG) celebrará 31 anos em 25 de abril de 2025. Inaugurada em 1994, a BCG se destaca pelo vasto acervo, que inclui uma seção exclusiva dedicada a obras raras, atraindo pesquisadores, estudantes e amantes da literatura.
O Setor de Obras Raras e Coleções Especiais da BCG, que está no térreo da biblioteca, abriga um acervo de grande valor histórico e cultural, composto por exemplares dos séculos XVI, XVII e XIX. Este setor é responsável pela preservação e gestão de obras que representam um importante patrimônio literário, histórico e artístico, destacando-se pela raridade e pelo significado único de seus volumes. Além disso, reúne coleções especiais organizadas por critérios temáticos ou de caráter particular, proporcionando uma diversidade de conteúdos que atendem a pesquisadores, estudantes e interessados nas informações desses materiais históricos.
Imagem: Maria Eduarda Vieira
O Setor só pode ser acessado mediante agendamento prévio e os exemplares não podem ser emprestados, apenas consultados presencialmente na biblioteca. As Coleções Especiais são constituídas a partir de importantes doações realizadas por pessoas e entidades culturais, sendo organizadas em duas categorias principais: Temáticas e Particulares.
As Coleções Temáticas englobam conjuntos significativos, como a Coleção Estudos Africanos, Coleção Estudos Americanos, Coleção de Estudos Galegos, Coleção Especial O Pasquim, Coleção de Pós-graduação de História e Ciências Políticas, Coleção do Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) e a Coleção de Cartazes, cada uma dedicada a áreas específicas do conhecimento e preservação histórica.
Já as Coleções Particulares destacam-se por sua ligação com personalidades e contribuições culturais marcantes. Entre elas estão a Coleção Alair Gomes; a Coleção Bárbara Levy; a Coleção Bezerra de Menezes; a Coleção Eulália Lobo; a Coleção Ismael Coutinho; a Coleção Lydia Podorolsk; e a Coleção Maria Jacintha. Além disso, há um acervo notável de obras antigas, que enriquece ainda mais esse conjunto especial.
Entre as coleções especiais, destaca-se também a Coleção Francisco Moreira, que pode ser consultada sem a necessidade de agendamento prévio. Essa coleção homenageia Francisco Moreira, fotógrafo, montador de filmes, e conservador-chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além de estudante de cinema na UFF nas décadas de 1970 e 1980. Ele faleceu em 2016. O acervo é composto por cerca de 856 livros e 178 títulos de periódicos, totalizando aproximadamente 11.000 fascículos.
Imagem: Maria Eduarda Vieira
A coleção bibliográfica de Francisco Moreira integra o acervo do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA), que, apesar de ter sido contatada para comentar a inclusão do material, não forneceu um retorno antes da publicação desta matéria.
A coleção, que reúne livros, artigos e outros documentos relevantes, será preservada e acessível para pesquisadores e interessados no estudo do patrimônio audiovisual e histórico do Brasil.
“Sou frequentadora da biblioteca e por coincidência estou fazendo uma disciplina em que preciso fazer um trabalho sobre o jornal O Pasquim, ter esse material disponível para consulta ajuda bastante”, disse uma aluna da disciplina de História da Imprensa.