Alô, Gragoatá!

Laboratório Horto-Viveiro promove projeto de reflorestamento no Morro do Gragoatá

O Laboratório Horto-Viveiro promove conhecimento e preservação da natureza no Morro do Gragoatá e melhora a qualidade de vida da população de Niterói

Por Beatriz Almeida

Localizado no campus UFF da Praia Vermelha, o LAHVI, Laboratório Horto-Viveiro, é uma iniciativa que visa a recuperação ambiental, a pesquisa da fauna e flora locais e a educação ambiental voltada não só para os estudantes, mas também para a comunidade de Niterói.

Jequitibá, sapucaia, cedro, guapuruvu, carrapeta, camboatá e ingazeira são apenas algumas das mais de 100 espécies de plantas nativas que foram identificadas e adquiridas pelo laboratório ao longo de seus 28 anos de existência. Hoje, elas fazem parte do arboreto que ajuda na produção de mudas para o reflorestamento.

Um dos projetos do LAHVI é a recuperação do Morro do Gragoatá, que foi muito desmatado entre os anos 1970 e 1980 para a construção dos campi da universidade. De acordo com Janie Garcia, bióloga, professora e  coordenadora do laboratório, reflorestar é um processo delicado.

“A recuperação da área tem que acontecer com espécies nativas, e com as condições propícias. Então a intervenção não só acontece com o plantio de árvores, acontece também com a recuperação do solo, que propicia a vegetação se desenvolver. Uma parte foi sim reflorestada, e outra parte está em recuperação, então é todo um processo”, ela afirma.

Morro do Gragoatá. Reprodução: Secretaria do Meio Ambiente de Niterói.

A área está sob proteção da Lei Municipal Nº 2.099 desde 2003 e conta com a ajuda do laboratório para o restabelecimento da sua biodiversidade. “Você pode plantar ou utilizar composto orgânico para mobilizar a sucessão natural. O que nós estamos usando são as duas coisas. Nós temos na parte da base e na parte mediana uma recuperação boa da sucessão vegetal. Estamos trabalhando agora no topo do morro, porque aquela área é onde foi mais afetada.”, conta Janie.

Além disso, a iniciativa dispõe de diversas outras ações de educação ambiental da comunidade. Entre elas estão mesas redondas, oficinas na semana do meio ambiente e na semana da primavera, práticas de plantio com os alunos, passeios por trilhas ecológicas com crianças do ensino fundamental e exposições culturais.

Projeto na Semana do Meio Ambiente 2010 – Niterói.

Reprodução: acervo pessoal do LAHVI. Janie destaca a importância da visibilidade desse tipo de iniciativa: “eu fico satisfeita de saber que esse espaço já atendeu a muita gente. Nós abrimos o espaço, essas pessoas passaram por aqui, nós passamos algum conhecimento, e esse conhecimento foi multiplicado. Então é legal que a gente veja que valeu a pena investir nesse trabalho.”

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