Alô, Gragoatá!

Niterói recebe a exposição “Sólido-fluído-efêmero” composta por 23 artistas 

A exposição “Sólido-Fluído-Efêmero” transforma arte em experiência ao explorar, de forma interativa, os limites entre o fixo e o passageiro

Por Vitória Pinheiro Batista

A exposição coletiva “Sólido–fluído–efêmero”, em cartaz no Espaço Cultural Correios, em Niterói, até o dia 21 de junho, integra o conjunto de mostras que dialogam com temas da COP‑30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Com curadoria de Jô Vigorito, organizada pelo Coletivo 21 e com participação de 23 artistas, a mostra convida o público a refletir sobre a impermanência e a transformação contínua no mundo contemporâneo. 

A partir de domínios visuais diversos – pinturas, colagens, fotografias, digitais e tridimensionais -, os artistas exploram o caráter transitório da vida, dos afetos, das relações sociais e das estruturas coletivas. Cada obra propõe uma experiência sensorial própria, em que o sólido cede lugar ao fluido, e o efêmero emerge em sua potência.

A partir dessa visão, a artista visual Jussi Szilágyi, responsável por duas das obras que fazem parte da exposição, diz em seu vídeo de divulgação da mostra que “O conceito de impermanência, no início abordado pela curadora, entra nesses meus dois trabalhos. Eu acredito que consigo transmitir um pouco a passagem do tempo”. Suas criações são têxteis, e para isso ela utilizou bordados sobre juta, com lãs, linhas, barbantes e penduricalhos.

A disposição das obras aproveita ao máximo o espaço do Centro Cultural, criando diálogos entre os diferentes formatos e linguagens. A fluidez visual é potencializada por transições sutis – superfícies que se desdobram, papéis sobrepostos e volumes que parecem em constante metamorfose.

O público é convidado a experimentar sensações de transitoriedade, como se cada obra fosse capturar um instante prestes a se dissolver. Isso cria uma vivência estética que vai além da simples contemplação, é também um convite à reflexão sobre o próprio tempo e nossas trajetórias. Esse fator reflete na fala da estudante de 23 anos e visitante da exposição, Ana Flávia: “Achei tudo muito bonito e diferente. Tem obras que parecem sólidas, mas quando você muda de lado ou a luz bate, elas meio que mudam. Dá uma sensação de que tudo se transforma.”

Em tempos de emergência ambiental, “Sólido–fluído–efêmero” se destaca como uma plataforma de sensibilização e mobilização, lembrando que a arte tem o poder de inspirar mudança. Ao desconstruir a rigidez do presente, a exposição oferece ao visitante uma experiência estética com potencial de transformação.

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