Alô, Gragoatá!

Acessibilidade no esporte em Niterói: os impactos do esporte adaptado e projetos que o contemplam

Por Lucas Barbosa

Modalidade goalball – Foto: Empresa Brasil de Comunicação, 2020.

“O esporte mudou minha vida e me ajudou a evitar o sedentarismo” – diz Fábio Rangel, jovem de 19 anos que atualmente reside em Itaboraí e pratica o Goalball, modalidade paralímpica arquitetada para deficientes visuais. Thiago do Nascimento, de 23 anos e também residente de Itaboraí, diz que outro esporte adaptado trouxe benefícios para sua vida: o futebol de 5.

Muitas pessoas compartilham da mesma experiência. Segundo o “Guia de atividade física para a população brasileira” divulgado pelo Ministério da Saúde em 2021, a prática de atividade física, além dos benefícios físicos como proporcionar uma vida mais ativa e evitar possíveis complicações respiratórias e cardiovasculares, também constitui vantagens para a saúde mental e integração da pessoa com deficiência. Ocasiona a redução de sintomas de estresse, ansiedade e depressão e a melhora das habilidades sociais de integração, principalmente em modalidades coletivas.

Niterói por sua vez, pode ser considerada referência no esporte adaptado no Brasil, sendo inclusive, a primeira sede do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) de 1995 (ano de fundação da organização) até 2002. 

A atual Subsecretária da Secretaria Municipal de Acessibilidade de Niterói, Simone Capella, diz que, apesar de ainda ter um longo caminho a ser percorrido, considera Niterói uma cidade acessível. Define a Secretaria de Acessibilidade como secretaria meio, que trabalha em conjunto com as outras “dando norte para que todos os projetos atendam as necessidades de acessibilidade”, incluindo o esporte e o lazer. Além disso, comenta sobre a Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos, a Andef e diversos projetos realizados na cidade envolvendo atividades adaptadas.

A Andef é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1981, por um grupo liderado pela médica neurologista e atual Secretária de Acessibilidade de Niterói, Tânia Rodrigues. A instituição sedia treinos paralímpicos, emprega mais de 700 pessoas com deficiência e promove atividades que contemplam, anualmente, mais de sete mil pessoas.

São exemplos de outros projetos e eventos paradesportivos e inclusivos realizados em Niterói: 

  • Homenagem ao Dia do Atleta Paralímpico realizada no dia 28 de setembro na Câmara dos Vereadores, foram homenageados atletas paralímpicos que representaram o Brasil no passado e atletas da nova geração.
  • Campeonato Brasileiro de Parajiu-jitsu 2023: realizado em Niterói no mês passado.
  • Projeto Niterói Inclusivo: iniciativa governamental que unificou projetos menores e utiliza o esporte adaptado como ferramenta de inclusão social e ressocialização de indivíduos em processo de reabilitação.

Compartilhe:

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin

VEJA TAMBÉM

Cultura

Reinauguração do Museu Antônio Parreiras

Com previsão de reabertura para final de novembro, o Museu Antônio Parreiras (MAP), que foi fechado em 2012 para restauração, abrirá as portas novamente para exibição de diversas exposições culturais, além do acervo do pintor Antônio Parreiras, no bairro Ingá de Niterói. 

LEIA MAIS »
Rolar para cima
Pular para o conteúdo