Por João Felipe Fernandes Braghin
Na semana em que completa 54 anos, conversas com estudantes e moradores da cidade revelam detalhes da origem e do dia a dia de uma figurinha carimbada das ruas de Niterói.
José Crispim Cândido da Silva
Nascido no dia 19 de junho de 1971, no bairro São Domingos, em Niterói, Cachorrão ficou marcado municipalmente por “latir” e assustar pessoas, de maneira leve e descontraída, ao redor da Cantareira, região próxima ao campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense. Muito conhecido por seu apelido, José Crispim Cândido da Silva se popularizou principalmente entre os estudantes da UFF e as crianças que circulam próximas ao local onde o mesmo caminha ou passeia com sua bicicleta.
Popularização nas ruas e nas redes sociais
Com seu carisma e suas características únicas, Cachorrão conquistou a simpatia e a admiração de diversas pessoas, gerando mobilizações que protagonizaram episódios marcantes pela região. Dentre esses episódios, podem ser destacados a comemoração do seu aniversário de 52 anos em 2023, realizada na Cantareira, e a produção de um cartaz em sua homenagem, simulando uma placa de aviso, que foi posicionado perto da região onde José mora.

A frase em inglês na parte inferior do cartaz pode ser traduzida para “PERIGO: Estudantes universitários nessa área estão sob um risco acima da média de um ataque de cachorrão”.
Porém, sua popularidade não se limita apenas às ruas de Niterói. Para além da fama local, o personagem folclórico da cidade coleciona aparições no meio digital. São possíveis de encontrar na internet diversos vídeos e outros tipos de conteúdo sobre o Cachorrão, desde posts em redes sociais como o Facebook e o X, até páginas administradas por fãs, como é o caso da “cachorrao_da_cantareira” no Instagram.
Presença ao longo do tempo
Não é de hoje que o Cachorrão se faz presente no dia a dia da cidade de Niterói. A história de José Crispim Cândido da Silva é contada à diversos anos nos arredores da UFF e da Cantareira. Para ilustrar essa presença de longa data, o jornalista Lucas Alves, formado na UFF, relata que ao ingressar na universidade, no ano de 2013, o Cachorrão já era figura conhecida e as pessoas já se assustavam com ele na região. O jornalista e ex-aluno ainda conta, para além de diversos sustos, um episódio curioso onde, caminhando pela área, foi surpreendido por José. “Passando por ele… eu olhei para ele e lati muito alto. Eu achei que ele iria latir de volta, ele só olhou para mim e falou assim ‘Oi!’”