Alô, Gragoatá!

Quadra fechada, pelada velada

UFF aguardam sentados o encerramento da reforma do Complexo Esportivo da UFF 

Por Tiago Joffily

Yuri Mustaffa, estudante de telecomunicações, joga basquete escondido nas quadras fechadas – Foto: Tiago Joffily

    Um ano após o início das obras do novo Complexo Esportivo da UFF, estudantes de diversos cursos estão insatisfeitos com a perda do espaço das quadras cobertas para a prática de esportes. Sem reposição, os alunos da UFF estão sem a permissão de utilizar as quadras para a prática desportiva amistosa por conta das obras constantes. A direção da Faculdade de Educação Física abre o espaço na presença de professores, o que incluiria apenas os alunos de Educação Física e membros das atléticas. O encerramento das obras está previsto para o final de dezembro.
   Segundo Claudio Luís Azevedo, o mestre de obras encarregado de orquestrar a construção há três meses, a espera “[…] vale a pena”. Claudio afirma que as expectativas para os fechamentos das obras sejam cumpridas, mas que ainda faltariam o esgotamento, os vestiários, uma parte da arquibancada e o emborrachamento da pista de atletismo – que segundo o mestre de obra, esse um processo demora entre um e meio a dois meses para ser concluído. 

     Alunos da UFF, entretanto, estão insatisfeitos com a falta de um novo espaço para a prática de esportes no período de continuidade da obra. O aluno Ruan Martins Bastos, estudante de engenharia de telecomunicações, afirma que o fechamento das quadras mudou um pouco sua relação com o esporte. Segundo ele, quando antes abertas, as quadras eram um espaço “de distração e de aumento da autoestima, e que ajudava a lidar melhor com as pessoas.” Ruan ainda afirma que “agora sinto que minha rotina acadêmica mudou bastante, e isso me prejudicou não só na minha saúde, mas o meu desenvolvimento dentro da faculdade.”

Pista de atletismo do Novo Complexo Esportivo da UFF em obra – Foto: Tiago Joffily

       Outro estudante, Lucca Montenegro, de antropologia, conta um pouco sobre o grupo de amigos que se reuniam para uma partida amistosa de futebol, mas que não se veem desde o começo da obra. O grupo era constituído de alunos da universidade de diversas nacionalidades, e servia como campo de aprendizado sobre outras culturas e linguagens em seu curso. “As vezes o esporte não é só chutar uma bola, é convivência, é aprender a conviver e construir com o outro, e isso deveria ser mais valorizado.”, disse Lucca. 

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