Por Matheus Fernandes
Atletas de Niterói enfrentam diversos desafios causados pela carência de apoio e investimento público no esporte paralímpico. A falta recursos econômicos, sociais e psicológicos impedem o desenvolvimento do paradesporto na cidade.
A cidade de Niterói, apesar do seu potencial esportivo, carece de políticas públicas capazes de estimular e incentivar o esporte paralímpico. A infraestrutura precária e, muitas vezes, inexistente, além da ausência de centros de treinamento e equipamentos adaptados, compromete o talento e a capacidade dos atletas com deficiência.
A situação é agravada, também, pela falta de visibilidade. Segundo o velocista Wallace de Souza, “a falta de apoio é um fator essencial na carreira de um atleta, pois é isso que permite ao atleta se manter financeiramente, principalmente para custear passagens de viagem e alimentação”. Além disso, a falta de patrocínios privados e o baixo investimento do governo municipal são questões que complicam a participação e o desempenho desses atletas em competições nacionais e internacionais de alto nível.
O preconceito e a falta de apoio dos meios de comunicação também são outro problema. Para o desportista paralímpico Marcos Vinícius de Oliveira, não ter um destaque na mídia é danoso, uma vez que “quando não te enxergam e não dão voz de fala o trabalho fica mais adverso, dada a circunstância da falta de recursos”. A repercussão escassa na imprensa e suas ramificações afasta potenciais patrocinadores, o que poderia ser um fator expressivo para o avanço do esporte paralímpico.
A construção de centros de treinamento capazes de atender as necessidades dos esportistas, a oferta ampliada com bolsas de incentivo e a promoção de patrocínios com a iniciativa privada podem proporcionar um cenário adequado capaz de garantir que esses atletas tenham suas necessidades e condições devidamente atendidas para representarem Niterói e o Brasil com excelência.